Acolhido

Debilitado, haitiano em situação de rua é internado em Niterói

Homem estava vivendo em via do bairro de Icaraí

Homem foi acolhido por equipes da Assistência Social do município
Homem foi acolhido por equipes da Assistência Social do município |  Foto: Divulgação / Prefeitura de Niterói

Um haitiano, de idade não informada e vivendo em situação de rua em Icaraí, na Zona Sul de Niterói, foi internado na noite do último domingo (3), no Hospital Municipal Carlos Tortelly, no Centro da cidade. A ação da Prefeitura ocorreu após tentativas da população do bairro em buscar ajuda para o homem, que segundo relatos, apresentava sinais visíveis de debilidade física. 

A Prefeitura de Niterói confirmou à reportagem do ENFOCO, na tarde desta terça-feira (5), que, no fim de semana, "o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi acionado pelos moradores e prestou atendimento ao haitiano, realizando uma avaliação no momento da chamada. Entretanto, a equipe médica constatou que, naquele instante, não havia indicação para internação, de acordo com a avaliação dos sinais vitais do paciente".

Sem especificar qual o problema de saúde do haitiano por questões de ética médica, o governo municipal disse que "o paciente foi internado, está recebendo os cuidados necessários, e seu estado de saúde é estável.

O Consultório na Rua, vinculado à Fundação Estatal de Saúde, está acompanhando a evolução hospitalar para garantir a continuidade do atendimento após a alta. Ele foi internado em outras ocasiões, porém, em momentos anteriores, recusou-se a permanecer internado, deixando a unidade à revelia", disse também a Prefeitura através de nota. 

Ainda de acordo com o governo municipal, "uma equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos prestou os primeiros atendimentos ao rapaz durante a abordagem no bairro de Icaraí. E após a alta hospitalar, fica aberta a possibilidade de que ele manifeste o desejo de receber acolhimento, sendo encaminhado para uma das unidades de acolhimento institucional do município".

O professor aposentado da Universidade Federal Fluminense (UFF), Eduardo Varela, residente próximo à rua onde o homem ficava, o define como uma pessoa gentil e educada. 

"Em diversos momentos, tive a oportunidade de ajudá-lo, e sempre percebi nele uma disposição para interagir de forma positiva com a comunidade. No entanto, a doença o deixou visivelmente debilitado. Sua magreza evidenciava a batalha contra alguma doença, mas, mesmo assim, ele mantinha sua educação e respeito", relatou Varela.

< Usuários relatam falha no sinal após fogo em prédio de telefonia Mais uma! Regina Casé encerra contrato de 40 anos com a Globo <